Um dos pilares básicos de sustentação do capitalismo é a livre concorrência e ausência de monopolios. Existe até uma lei que tenta regularizar a competição por mercados chamada Lei Antetruste. Segundo a Wikipédia, Truste é o uso do poder de mercado para restringir a produção e aumentar preços, de modo a não atrair novos competidores, ou eliminar a concorrência. Segundo nove, de cada dez empresários do mundo do forró, truste é o que a A3 Entretenimentos vem praticando desde sua fundação em 2006.
Ontem a empresa - que é dona dos Aviões do Forró, Forró do Muído, dentre outras bandas - protagonizou mais um eposódio de práticas agressivas para a proteção de seu monopólio forrozeiro na cidade de Fortaleza. Depois de duas semanas de pressão sobre patrocinadores e sobre o Grupo Cidade, que transmitia a grade de programação da Radio Tropical FM, concorrente das rádios da A3 Entretenimentos, desenbolsou cinco milhões de Reais e tirou a grade do ar.
Só que toda ação drástica acaba por gerar uma reação drástica. O fato indignou a concorrência, que optou por unir-se para o combate. A questão é que os tempos estão mudando. Desde que André Camurça - um dos sócios fundadores da A3, junto com Carlos Aristides e Isiaias Duarte - abandonou o barco a maré passou cada vez mais a ser desfavorável para o monopólio.
Diante desta eminente guerra comercil, o São João de 2011, sempre a data principal do calendário do forró, tem tudo para entrar para a história como o marco inicial de uma profunda transformação que abalará os alicerçes de uma extrutura podre, que em nada contribui para a qualificação de um ritmo que já a duas décadas espera por conquistar o Brasil inteiro. O sertanejo, o axé e o pagode já conseguiram, graças a livre concorrência, agora espera-se que seja a vez do forró. Detalhe: F5 é a tecla "atualizar" nos compoutadores. É o que todo mundo espera que ocorra.
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